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sábado, 5 de novembro de 2011

Reciclagem de carros

Para muitas religiões, a vida após a morte é uma certeza. Para os carros também. Isso principalmente nos Estados Unidos e na Europa, onde 95% dos veículos que saem de circulação são reciclados, já no Brasil esse índice é de 1,5%, de acordo com o Sindicato do Comércio Atacadista de Sucata Ferrosa e Não Ferrosa. Praticamente todas as peças podem ser reaproveitadas. A carcaça, que representa 68% do automóvel, vira material para um veículo novo. O parabrisa se transforma em garrafas e os pneus servem de matéria-prima para pavimentar ruas.

Estima-se que no Brasil existam cerca de 10 milhões de veículos aptos para a reciclagem. Isso significa cerca de 5 milhões de toneladas de sucata ferrosa, o material mais abundante num carro. Ela se transforma em aço, que é infinitamente reciclável. "Cerca de 70% do aço aplicado hoje em nossos carros vem de sucata ferrosa", diz Heitor Bergamini, diretor executivo da Gerdau, uma das fornecedoras do produto às montadoras. "Se a reciclagem aumentar, esse número pode ser maior."
Por aqui, não há regulamentação, mas o reaproveitamento chegou a algumas fábricas. "Modelos brasileiros já têm, em média, 85% de materiais que podem ser reciclados", diz Heloisa de Medina, pesquisadora do Centro de Tecnologia Mineral do Ministério de Ciência e Tecnologia. O EcoSport tem 85% de seus componentes recicláveis, segundo a Ford. O revestimento do teto e dos porta-objetos, por exemplo, é de fibras naturais de juta.
Por lei, na Europa, as montadoras têm até 2015 para reutilizar 95% do carro. Os japoneses contam com o mesmo prazo para reaproveitar 70%. Várias fábricas se movimentam para se adequar às exigências.
Na Nissan japonesa, 70% do material das linhas de montagem veio da reciclagem. É o caso das rodas de alumínio, usadas em itens da suspensão. A marca também investe na melhoria da desmontagem dos modelos para facilitar o reaproveitamento. "Antigamente predominava o projetar para montar, agora prevalece o projetar para desmontar", diz Francisco Satkunas, engenheiro da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE). Os modelos da Volvo, de acordo com a marca, são 95% reaproveitáveis, como o plástico dos protetores de bateria, que viram aros de roda. Já substâncias nocivas, como chumbo, cádmio e mercúrio, desapareceram.
Além de ecologicamente correto, o reaproveitamento pode ser economicamente vantajoso. O preço do plástico reciclado, por exemplo, é 40% mais baixo que o da resina virgem. E a indústria de reciclagem automotiva americana fatura 25 bilhões de dólares por ano. Apesar disso, por aqui existem só leis estaduais, como a portaria publicada pelo Detran do Rio Grande do Sul e o projeto "Pátio Legal" do governo de São Paulo. Ambos querem esvaziar os pátios. Por dois anos, a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) estudou leis internacionais e até dezembro deve apresentar um projeto ao governo federal. "A proposta é criar um centro de desmontagem para destinar materiais às recicladoras", diz Harley Bueno, coordenador de uma comissão da AEA, também formada por representantes da Ford, Fiat e Volkswagen.



FONTE: QUATRO RODAS

sábado, 29 de outubro de 2011

Valorização do usado na hora da venda

Às vezes o trabalho e o custo de deixar seu carro bonito e em dia antes de revender podem valer a pena
Chegou a hora de vender seu usado para trocá-lo por um novo. Os pára-choques estão um pouco riscados, a pintura já não apresenta mais aquele brilho de antigamente, o estofamento está sujo… Nesses casos, vale a pena investir no automóvel na hora de vendê-lo? A resposta é sim. Se seu carro foi um modelo de grande volume no mercado (como Gol, Palio ou Celta), a maior oferta fará com que o potencial comprador tenha mais opções em outros lugares. Portanto, o usado que você colocou à venda vai enfrentar concorrentes em melhor estado. Se for um importado ou outro modelo de baixo volume, o comprador é mais específico e, por essa razão, é mais atento e exigente.
Em geral, não adianta simplesmente você baixar o preço e deixar para o futuro proprietário a tarefa de reformá-lo. A maior parte dos compradores prefere que o veículo já esteja em ordem, pois assim pode curtir o carro de imediato. Essa lógica funciona para o dono de um popular ou de um sedã de luxo. Significa que alguns preferem pagar um pouco mais para não ter a dor de cabeça e a frustração de sair da loja direto para uma oficina.

Mais beleza, maior liquidez

Se seu orçamento estiver baixo, priorize os consertos estéticos. “Grande parte dos consumidores não sabe encontrar retoques, mas todos eles vêem os riscos na pintura. Em muitos casos um carro riscado, mesmo com a pintura original, demora mais tempo a ser vendido que outro que teve alguma peça retocada e está em ordem”, diz o vendedor de usados Carlos Eduardo de Oliveira, que atua no mercado há 15 anos.
O mais comum é encontrar pára-choques, rodas e capas de espelhos arranhados. E são justamente esses consertos os mais fáceis e baratos de realizar – e que fazem a maior diferença no aspecto geral. “Em média, uma pintura de pára-choques fica entre 250 e 400 reais, dependendo do tipo de serviço a ser feito. É um investimento que vale a pena”, afirma Josmar Genésio, proprietário da Auto Estufa Referência.
Algumas vezes o dinheiro investido num retoque não retorna diretamente para seu bolso, mas mesmo assim aumenta a liquidez do seu usado. Entre dois carros de mesmo preço, o interessado vai sempre preferir o que estiver em melhor estado de carroceria e pintura.
Há ainda outros serviços que ajudam a deixar uma boa primeira impressão, como higienização dos bancos (custo médio de 200 reais) ou polimento para vidros riscados (cerca de 100 reais para o pára-brisa). Até mesmo as rodas de liga arranhadas têm solução. A pintura dos aros custa entre 50 e 250 reais, dependendo do serviço e do tamanho da roda. Em importados ou esportivos, nos quais esse valor é mais percebido, a pintura pode até aumentar o valor de revenda, já que seu público é mais exigente com tais detalhes.

Pneus não valem a pena

Na parte mecânica, não adianta tentar disfarçar ruídos e defeitos, até para evitar que você receba reclamações futuras. “Correias desgastadas, principalmente a dentada, são um bom exemplo. São relativamente baratas de trocar, ainda mais levando em conta o estrago que causam em caso de rompimento”, diz André de Souza, da Oficina Mecânica Work. “Da mesma forma, componentes que podem ser verificados facilmente, como filtros, coxins e buchas de suspensão, valem a troca caso estejam com problemas, pois podem passar a impressão de desleixo e atrapalhar a venda”, explica André.
O que em geral não vale a pena é a compra de pneus novos se os do seu carro estiverem próximos do fim da vida, especialmente em importados e utilitários. Os pneus de uma picape, por exemplo, podem ultrapassar facilmente os 1?000 reais. Nem sempre o interessado percebe esse desgaste – e, quando percebe, nem sempre atenta para o fato de que eles são tão caros assim.

Mão na massa

Cuidados simples que custam pouco e podem ser feitos em casa, sem o uso de ferramentas

Bancos

Antes da lavagem, a forração deve ser escovada para remover a sujeira que se infiltra na trama do tecido e não sai só com o aspirador. O próximo passo é aplicação de limpa-carpete ou espuma limpadora para bancos de carros. Teste antes o produto numa parte escondida do tecido e espere secar, para verificar se vai deixar manchas. Não se esqueça de limpar os tecidos das portas.

Couro

O ideal é usar uma solução feita de água e sabão neutro, aplicada com pano umedecido – não encharcado. Para deixar o couro mais macio, um creme hidratante (para a pele, vendido em farmácias) ou óleo hidratante, também para a pele, ajuda a devolver a boa aparência.

Plásticos

Podem ser melhorados com produtos como o limpa-vidro (do tipo transparente), aplicado com um pano limpo. Ele tira melhor a sujeira e não deixa a superfície engordurada. Depois passe outro pano limpo, dessa vez ligeiramente umedecido, para retirar a sujeira que restou. O mesmo produto pode ser usado para remover a poeira escondida nos botões dos comandos de portas e painel. Mas sempre faça um teste antes, pois em alguns poucos casos isso pode apagar a tinta das inscrições e desenhos que explicam a função do botão.

Carroceria

A aplicação de ceras pastosas deve ser feita com esponja ligeiramente umedecida, e nunca seca, pois causa o aparecimento de manchas na pintura. Pela mesma razão, o enceramento deve ser realizado na sombra, com a pintura fria. Evite o contato da cera com plásticos e borrachas. Uma técnica simples e eficaz para proteger essas áreas é revesti-las com uma camada de fita crepe. Assim a cera ficará só na lataria. Só produtos à base de água (nunca solvente) podem ser passados em plásticos, para evitar danos à superfície.
Motor

Se o compartimento estiver muito sujo, uma lavagem com água quente melhora o aspecto. O uso de óleo fino, em spray, nas coberturas plásticas do motor dá o toque final ao serviço. Mas proteja os componentes eletrônicos, encapando-os com plástico e fita adesiva.

Lanternas e faróis

Se a parte interna tiver marcas de água ou poeira, uma solução fácil é desmontar as lentes e limpá-las por dentro com água e sabão neutro. Isso muda completamente o visual, especialmente no caso dos faróis, que em carros mais antigos podem até dar a impressão de que são novos.

sábado, 22 de outubro de 2011

Quanto custa ter e manter um carro?

Ouvir que o impacto de um carro no bolso se assemelha ao peso de um filho no orçamento é comum - e não deixa de fazer sentido. Afinal de contas, os gastos que serão feitos com o automóvel serão regulares e irão muito além do desembolso para por o veículo na garagem.
O educador financeiro Renaldo Domingos, do Instituto DSOP, alerta, contudo, que nem todo mundo considera o dispêndio com impostos, manutenção e até eventuais multas antes de comprar um carro. O resultado, escreve ele no livro "Livre-se das dívidas", é o que o veículo pode se tornar "uma prisão financeira disfarçada de liberdade".
Pelos cálculos de Domingos, de 3% a 4% do valor do carro serão gastos todos os meses pelo motorista. O percentual inclui IPVA, seguro, DPVAT, inspeção veicular, gasolina, revisão, estacionamento e também a depreciação natural do veículo - ao cruzar os portões da concessionária o carro já perde cerca de 10% do seu valor.

No frigir dos ovos, um carro popular de 25.000 reais terá um impacto mensal médio de 875 reais nas contas de seu proprietário, ou 10.500 reais por ano.

Na visão do educador financeiro, é muito comum que os consumidores comprem o primeiro carro financiado, em geral por um valor próximo a 25.000 reais. Mas quem dividir a conta em até 60 meses, terminará este período tendo pago 42.000 reais pelo automóvel, em prestações mensais de 700 reais.

"Sempre haverá quem defenda que esté é um bom negócio", escreve Domingos. "O problema é que, cego de desejo, você não pensa duas vezes: compra e, depois, só depois, percebe concretamente as consequências da decisão tomada." Para ele, quem avalia apenas se a parcela do financiamento cabe no bolso e subestimando todo o resto, corre um sério risco de perder o controle das finanças. "Equivocadamente, algumas pessoas acreditam que o carro é um bem de investimento, quando, na verdade, ele não passa de um bem de consumo, cuja aquisição mal planejada pode correr as bases do orçamento."

Ele lembra que carros mais potentes e luxuosos implicam maior consumo de combustível e gastos também maiores com seguros e peças. "Ao tomar a decisão de comprar um modelo mais sofisticado, é preciso ter certeza que será possível arcar com os custos adicionais acarretados pela aquisição", finaliza Domingos.

 


FONTE: EXAME.COM

sábado, 15 de outubro de 2011

Câmbio Automático ou Automatizado?

"Não é automático, é au-to-ma-ti-za-do", esforçavam-se em explicar os engenheiros da GM no lançamento da Meriva Easytronic, em 2007. No ano seguinte, a Fiat e a Volkswagen aderiram ao sistema que dispensa o pedal da embreagem e é mais barato do que um câmbio automático convencional. Mas a diferença entre uma transmissão automática e uma automatizada nem sempre é simples de explicar. Experimente ir a uma concessionária Fiat, Volkswagen ou GM e perguntar para um vendedor sobre esses câmbios. A resposta em muitos casos é a mesma: "É igual a um automático". Justamente o oposto da mensagem que a GM queria difundir.



Na essência, o automatizado é um câmbio manual com uma diferença: ele tem dois pequenos robôs (por isso também é chamado de robotizado), ou atuadores. Quando a central eletrônica detecta a necessidade de troca de marcha, o primeiro atuador aciona a embreagem e o segundo direciona o garfo de mudanças para engrenar as marchas.
Como ele não tem o complexo e caro conversor de torque, presente nas transmissões automáticas, é mais barato - em geral, a metade do cobrado por um automático, algo em torno de 2500 reais. A manutenção também é mais simples: a embreagem e as engrenagens são as mesmas ou possuem poucas alterações em relação ao manual.

Olho na borboleta

"A central eletrônica avalia variáveis como rotação, temperatura e velocidade, por exemplo. Diante disso, é feita a escolha da melhor marcha a ser engatada. O sistema atua, inclusive, na borboleta de ar, mudando a rotação do motor durante a troca", afirma Ricardo Dilser, assessor técnico da Fiat.
Diferentemente de um câmbio automático, que possui um trilho característico com as posições P (de "parking", estacionamento), R (ré), N (neutro, ou ponto-morto) e D (drive), o automatizado só tem as posições N, R e D. No entanto, todos até agora possuem a tecla S (de Sport, que faz as trocas em rotações mais elevadas) e, com um toque na alavanca para a esquerda, as mudanças passam a ser manuais. Por questão de segurança, a partida é dada sempre em N, com o motorista pisando no freio.
Mas, como nem tudo é perfeito, o automatizado possui um ponto fraco. "Em geral, os motoristas acham que o automatizado e o automático podem ser dirigidos da mesma forma, o que não é totalmente verdade", diz Antônio Gaspar, diretor-técnico do Sindirepa-SP (sindicato da oficinas de São Paulo). "Num automático, dirige-se o tempo inteiro com o pé no acelerador. No câmbio manual, é preciso tirar o pé para a troca. O automatizado faz isso pelo motorista, e é por isso que a rotação do motor cai de repente e surge o tranco, a grande queixa dos proprietários", diz.
Alguns motoristas já perceberam esse macete. O analista de informática Vinícius Branco Silva, 27 anos, tem três carros: um Kia Picanto automático e um VW Fox e uma SpaceFox, sendo estes dois automatizados. "Comecei a tirar o pé na hora em que eu sabia que o carro ia fazer a troca. Assim o tranco acaba sendo bem menor", diz.
Vinícius já teve vários problemas com a Space- Fox - o carro falhava na hora da partida, mesmo com todos os procedimentos corretos. Em outras, ao ligar em N, o veículo já saía andando. "Foram várias idas e vindas à oficina, até que trocaram o módulo eletrônico. Agora está tudo certo e estou satisfeito", afirma ele, que pretende trocar o Picanto por mais um automatizado. "Gostei muito da economia, tanto no preço dos equipamentos quanto no consumo de combustível", afirma.
O comentário de Vinícius toca em outro diferencial do sistema: o consumo, que tende a ser menor (igual ao de um manual) se comparado ao de um automático, pois ele é cerca de 70 kg mais leve e não sofre perda de potência causada pelo conversor de torque.
Segurando com o pé

Se a dirigibilidade não chega a ser um defeito grave, há aspectos que exigem atenção. Enquanto um automático pode ser retido na ladeira somente acionando o acelerador, sem problema, num automatizado isso não deve ser feito. Assim como numa transmissão manual, o procedimento forçaria a embreagem, o que vai reduzir sua vida útil. Outro ponto polêmico diz respeito à troca do óleo do câmbio. Consultadas, Fiat e Volkswagen dizem que as transmissões usam lubrificante "long life", que dispensa troca. Mas, na prática, mecânicos de oficinas independentes dizem que não é bem assim. "O óleo do câmbio, se não estiver em boas condições, pode comprometer o funcionamento do sistema", diz Gaspar.
É fácil entender: como o sistema tem acionamento hidráulico, o surgimento de impurezas compromete a ação dos atuadores e pode até entupir a tubulação. "Ao abrir a porta do carro, ouve-se um ruído que parece um zumbido. É a bomba de óleo pressurizando o sistema do câmbio", afirma Gaspar. Portanto, é necessário fazer checagens do óleo com regularidade para saber se ele está em ordem. O kit de embreagem de um automatizado também é mais caro, chega a custar o dobro (veja os preços ao lado). E, por ser uma tecnologia nova, não é qualquer oficina que sabe mexer nesse equipamento, o que obriga o dono a recorrer às concessionárias até que o sistema se popularize.
Sensores sensíveis

Segundo os mecânicos ouvidos, o carro com maior número de reclamações é a Meriva Easytronic. "O câmbio da Meriva tem apresentado problemas e nem sempre o conserto é simples", diz o mecânico Pedro Scopino, consultor técnico do Sindirepa e professor do Senai. O tema já foi até assunto da seção Autodefesa publicada em novembro de 2010, relatando casos de taxistas que trocam o automatizado por uma caixa manual. Na ocasião, a GM dizia que os defeitos eram "pontuais" e não se referiam à quebra do câmbio.
Que defeitos são esses? "O carro para de funcionar ou não troca as marchas", diz Scopino. "Às vezes, é apenas um sensor sujo ou solto, mas pode ser algo grave, pois o automatizado usa óleos e peças específicos, que são bem mais caros", diz.
Na prática, portanto, o discurso de que "é igual ao manual na manutenção" não é bem assim. Não que os outros câmbios estejam isentos do problema - também publicamos reportagens sobre falhas de funcionamento do Fiat Dualogic (abril de 2011) e do VW I-Motion (junho de 2011). Fornecedores de autopeças, no entanto, afirmam que a Meriva deve em breve ganhar um novo automatizado.
Outra movimentação está ocorrendo nos bastidores da Fiat. Mas o foco não são os defeitos e sim o preço: a marca italiana está desenvolvendo um câmbio automatizado mais barato que o atual. O objetivo, segundo uma fonte de dentro da empresa, é "chegar a um valor que permita a aplicação do câmbio até no Uno 1.0, se for o caso".
Entre prós e contras, vale ter um automatizado?

Na maior parte dos casos, a resposta é sim. No entanto, o motorista deve lembrar que pagou menos do que desembolsaria por um automático e que está dirigindo um carro diferente, que não é manual nem automático. É au-to-ma-ti-za-do.



FONTE: QUATRO RODAS

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Vale a pena ter um carro elétrico?

Nunca viu um carro elétrico? Explicaremos como ele funciona!
Visualmente, um carro elétrico não tem nada de diferente dos outros carros. A única coisa que você pode reparar é que ele é silencioso.
O que muda no motor? O carro elétrico tem o motor a gasolina substituído por um elétrico e recebe um regulador, com um conjunto de baterias recarregáveis. Essas baterias pesam em torno de 500kg e duram de 3 a 4 anos.
Qual a vantagem de um carro elétrico? O litro da gasolina custa, em média, R$ 2,80. Se um carro faz 12 quilômetros por litro, cada quilometro custa R$ 0,23. Para um carro elétrico, a eletricidade para recarregar a bateria custa R$ 0,50 quilowatts/hora. Para ‘encher o tanque’, você gasta R$ 6. Então, cada quilometro custa R$ 0,075, Uma boa diferença!
Dentre as vantagens do carro elétrico estão o silêncio do motor, a economia com os gastos de carregar a bateria e a não emissão de gases tóxicos. Mas a pequena autonomia (80 km)pode ser um empecilho para alguns. O custo com a reposição das baterias pode influenciar na escolha pelo carro elétrico. Elas custam em torno de R$ 4 mil e duram 30 mil quilômetros.
Fonte: HSW

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O aviso do seu carro sobre manutenções.


Todo carro se comunica com o motorista. Ou pelo menos tenta. Especialmente quando as coisas não andam bem. Ele avisa quando o amortecedor está gasto ou quando o pneu precisa de calibragem. Você só precisa saber ouvi-lo. Para ajudar nessa relação desgastada entre automóvel e proprietário, em vez de psicólogos ou terapeutas, fomos buscar os conselhos de César Urnhani, piloto de testes da Pirelli, e Gerson Burin, técnico em segurança viária do Cesvi Brasil, que ensinam dicas preciosas para reconhecer quais são as principais mensagens transmitidas por seu carro.




Alinhamento e balanceamento Do mesmo modo que o homem indica à máquina o que ele quer através do volante, a máquina, por mais submissa que seja, sinaliza suas carências. O recado mais fácil de entender é quando o volante está torto. Seu carro está dizendo a você que é preciso refazer o alinhamento da direção. Nesse caso, em geral o volante apresenta vibração, às vezes até em baixa velocidade. Na estrada, o veículo fica instável e a direção quer se mexer sozinha. Isso mostra que, além do alinhamento, também é necessário balancear as rodas. Para fugir dessa, a dica é evitar ao máximo impactos em buracos e lombadas irregulares e não descuidar da revisão periódica, fazendo o serviço de alinhamento de direção e de balanceamento dos pneus pelo menos a cada 10 000 km ou quando receber os sinais acima. Cambagem


Outro recado que o volante pode mandar ao motorista é com relação à cambagem. Para quem não sabe exatamente o que é, a cambagem se refere ao grau de inclinação das rodas, tanto quando vistas de frente como quando vistas de cima. E para cada modelo há uma medida exata. Assim como ocorre com o alinhamento e o balanceamento, dá para perceber que a cambagem está incorreta por meio de uma vibração no volante e da falta de estabilidade do veículo. Mas a melhor maneira para se certificar de que o problema está mesmo aí é observar se também ocorre o desgaste irregular na banda de rodagem. Se houver, vá correndo para uma oficina. 

Amortecedores

O carro também se comunica com o dono por meio de sons. Um exemplo é quando os amortecedores estão com sua vida útil comprometida. Ao passar por um piso irregular ou uma lombada, ouvimos o som de algo batendo na suspensão. Achou que é normal? Então você passa por outra lombada e escuta de novo a batida seca. Há uma grande chance de ser amortecedor cansado. Mas ele também manda outro aviso sonoro nessa situação: os pneus cantam mesmo em velocidades mais baixas. Como a maioria dos problemas que envolvem a suspensão, os primeiros efeitos colaterais são a perda de estabilidade e o desgaste prematuro dos pneus. Não é possível estipular um prazo exato para a troca dos amortecedores, pois varia conforme o modelo, o terreno percorrido, o nível de carga e o modo de dirigir. Na dúvida, vá a uma oficina especializada em suspensão e faça uma checagem rápida. 

Calibragem Seu automóvel teima em ir para um lado e você precisa estar corrigindo sempre a trajetória? Sente que a estabilidade piorou quando está acima de 60 km/h? Então pare no primeiro posto de combustível e calibre os pneus, pois o problema está neles. Caso os pneus estejam mais vazios do que deveriam, eles vão cantar mais nas curvas e, como consequência, causará o aumento do consumo de combustível. Porém, se a calibragem estiver acima do ideal, haverá um desgaste irregular nos pneus, especialmente no centro da banda de rodagem. Para não cair nessa roubada, é só criar uma rotina: faça calibragem dos pneus a cada uma ou duas vezes que for ao posto abastecer o tanque. Molas

Possuem vida útil superior aos amortecedores e têm uma responsabilidade adicional: suportar o peso da carroceria. Portanto, no caso de desgaste excessivo, o risco de acidente e danos à suspensão é ainda maior. As mensagens que elas mandam começam com um carro instável, que, ao passar por obstáculos e pisos mais irregulares, balança de forma intensa, vibrando demais, como se fosse numa picape antiga, que pula sem parar. Além disso, a cambagem começa a se deteriorar com mais rapidez, iniciando um efeito dominó em outros itens da suspensão. Como os amortecedores, não há quilometragem ideal para substituí-las. Só mesmo o mecânico pode dizer se chegou a hora da troca. 

Combustível adulterado

De repente você ouve que o motor está "grilando". Pois bem, se ao dar a partida ou na arrancada se ouve esse ruído agudo metálico, pode pensar em combustível adulterado. Esse som é característico do momento em que é injetado combustível nas câmaras de combustão. Com a gasolina ou o álcool de má qualidade, ele força essa injeção, emitindo um ruído mais agudo. Junto desse sintoma, o veículo começa a apresentar outros sinais característicos, como falhas no funcionamento do motor, marcha lenta irregular e perda de potência. Aqui vale a velha e boa dica: abastecer sempre em um posto de confiança, conhecido, e fugir de preços muito abaixo da média. 

Velas
Quando elas estão gastas ou danificadas, seu carro manda avisos bem claros. O motor começa a engasgar, perde potência ao acelerar e até apaga repentinamente. Com o funcionamento irregular, o motor acaba trabalhando em temperaturas maiores e consumindo mais combustível. Assim que perceber algo fora do normal com o motor, vá logo ao seu mecânico de confiança. A troca das velas é um serviço barato. O preço, incluindo a mão de obra, sai por menos de 80 reais, para hatch popular. O ideal é não ter de sentir esses sintomas para fazer o serviço. Em geral recomenda-se que se troquem as velas a cada 20 000 km, mas na dúvida siga sempre a recomendação do manual do proprietário.


Fonte: Quatro Rodas

sábado, 6 de agosto de 2011

Filtros

Um veículo é dotado, em geral, de quatro filtros de extrema importância para o funcionamento do veículo. São eles:

Filtro de óleo - retém as partículas sólidas e de carvão que ficam em suspensão no lubrificante e que poderiam ser prejudiciais às peças móveis do motor. É substituído integralmente em intervalos pré-determinados.

Filtro de ar - evita que partículas sólidas presentes no ar, como a poeira em suspensão mesmo nas cidades, sejam aspiradas pelo motor e causem danos internos. Atualmente todos os filtros de ar constituem-se numa carcaça, no interior da qual existe um elemento filtrante, fabricado de papel especial, que deve ser substituído periodicamente. Se não for feito, aumenta a restrição à passagem de ar, o que acarreta perda de potência e, consequentemente, aumento no consumo, uma vez que o motorista terá de acelerar mais para obter o mesmo desempenho.

Filtro de combustível - sua função é reter sujeira trazida pelo combustível e aquela produzida pelo próprio tanque, como ferrugem, que poderia provocar danos ao carburador ou, como é o caso hoje, às válvulas de injeção (bicos injetores). Ao fim de sua vida útil precisa ser substituído completo.

Filtro de micropoeira - também conhecido por filtro de pólen, fica localizado na entrada do sistema de ventilação de cabine, sendo feito de papel também. É importante por reter poeira que possa trazer bactérias para o interior do veículo.

Fonte: Webmotor